PINTADO

Pintado e Zé (avacoelhada)

O volante Pintado, conhecido nacionalmente pela titularidade no bicampeonato mundial do São Paulo em 92-93, também teve uma carreira marcada por títulos no América, onde acumulou duas passagens vitoriosas como jogador: Em 1997, foi uma das principais referências da equipe americana campeã brasileira pela primeira vez, enquanto em 2000 foi o capitão da importante conquista regional da Copa Sul-Minas. Pintado também foi treinador do América em 2004.

ORIGENS

Revelado pelo Bragantino durante o fim da década de 80, Pintado ganhou projeção nacional pelo São Paulo entre 1992 a 1994, quando foi titular da histórica equipe comandada por Telê Santana, bi-campeã Mundial de Clubes em 1992 e 1993. O volante ainda teve passagem pelo futebol mexicano, antes de retornar ao Brasil em 1996 para defender o Santos. O volante foi contratado pelo América no ano seguinte.

CARREIRA NO AMÉRICA

Em 1997, Pintado foi anunciado como uma das principais contratações do América para a disputa da Série B. Naquele ano, o Coelho montou uma poderosa equipe rumo a Primeira Divisão, beneficiado pela parceria com o banco BMF, o maior patrocínio da história-recente do clube. O volante foi uma das contratações certeiras feita pelo América e seu parceiro financeiro.

Pintado rapidamente conquistou a torcida americana e ganhou fama pela extrema dedicação e comprometimento com o clube dentro e fora de campo. Pouco a pouco, o volante que não fugia de uma dividida se tornou em um verdadeiro comandante americano durante a conquista do Campeonato Brasileiro da Série B de 1997, o primeiro título nacional da história do América. Pintado Orientava os mais jovens, cobrava dos mais experientes e chamava a responsabilidade sempre que preciso, sem nunca fugir da pressão tão comum no futebol.

Pintado

Pintado foi um dos grandes líderes do título brasileiro de 1997. (FOTO: Reprodução – Acervo Mário Monteiro)

No entanto, após desacordos com a nova comissão técnica americana de 1998, que substituiu o identificado treinador Givanildo Oliveira, Pintado deu breve despedida em 1998, para atuar por grandes clubes do Brasil como Flamengo, mas logo deu fim às saudades em 2000.

Durante o retorno, o volante voltou a demonstrar as características de liderança que marcou sua primeira passagem pelo clube e, como recompensa, recebeu a braçadeira de capitão do time americano campeão da Copa Sul-Minas de 2000, mesmo em concorrência com outros notáveis líderes americanos, como Milagres, Dênis e Wellington Paulo. Ao lado do craque Palhinha, com quem havia atuado nos tempos de São Paulo, o volante Pintado foi um estandarte de experiência durante o importante título regional americano, e até chegou a marcar o gol que garantiu a vitória por 1×0 sobre o Cruzeiro, durante o primeiro jogo da final.

Palhinha e Pintado

Palhinha e Pintado foram o estardante de experiência do América durante o título da Copa Sul-Minas 2000. (FOTO: Reprodução – Acervo Mário Monteiro)

O ADEUS

Depois pendurar as chuteiras em 2002, Pintado tentou a sorte como treinador. O antigo ídolo foi contratado pelo América em 2004, como alternativa para evitar um iminente rebaixamento para a Terceira Divisão, mas repatriar o ídolo não foi suficiente. Aos prantos, o antigo volante ainda teve a humildade de desculpar-se perante a torcida da qual ainda é ídolo.  Campeão como jogador e rebaixado como treinador, Pintado tinha crédito para ser um dos poucos poupados das críticas.

Seja como for, pela dedicação que vestiu a causa americana e por toda liderança que agregou a instituição, Pintado certamente foi um dos nomes fortes da história do América durante a vitoriosa década de 90 e um dos principais ídolos da torcida alviverde durante a vencedora “Era Independência”.

Pintado (avacoelhada)

Pintado ainda foi treinador do América em 2004, mas sem o mesmo sucesso dos tempos de jogador.