PETRÔNIO

O atacante Petrônio é o terceiro maior artilheiro da história do América, com 106 gols marcados, apenas 3 tentos atrás do segundo colocado Gunga. O jogador defendeu o Coelho de 1948 a 1954.

Revelado pelo Villa Nova, de Nova Lima, Petrônio já era conhecido no interior mineiro antes de brilhar na capital. O atacante viveu seu momento de maior destaque pelo América em 1948, logo em sua temporada de estreia do clube, quando foi campeão do Campeonato Mineiro e da Taça dos Campeões Estaduais.

Petrônio teve atuação decisiva, sobretudo, na histórica conquista do Estadual de 1948, quando foi o artilheiro da competição com 19 gols, além de deixar sua marca durante a folclórica final contra o Atlético, vencida por 3×1. Em 1949, o jogador voltou às finais da competição a serviço do Coelho, mas dessa vez foi vice-campeão, após nova decisão contra a equipe alvinegra.

Outro momento marcante do artilheiro foi durante a primeira partida de Nilton Santos pela equipe do Botafogo. Naquela histórica data do futebol brasileiro, e Petrônio ofuscou a estreia do lendário lateral-esquerdo com um golaço de bicicleta. O atacante não apenas era conhecido como um craque de muitos gols, mas também como um “artilheiro dos gols bonitos”.

No mesmo período, Petrônio marcou outro gol histórico, dessa vez em clássico contra o Cruzeiro: o artilheiro arrancou de antes do meio de campo, driblou todos os adversários pelo caminho e, quando ficou frente a frente com o goleiro cruzeirense, esticou as mãos e o convidou a pegar a bola; Quando o arqueiro reagiu já era tarde, e Petrônio estava nos braços da galera americana.

O atacante seguiu como grande ídolo alviverde até 1954, quando se despediu da equipe como o maior goleador desde Satyro Taboada, que marcou mais de 200 gols durante o período do deca-campeonato. Petrônio só foi superado como maior artilheiro mineiro-americano da era profissional pelo ídolo Gunga, que atingiu a marca de 109 gols durante o ano de 1961.