Luiz Carlos Marins

Autor de 273 partidas pelo América entre 1989 e 1995, o zagueiro Luiz Carlos Marins é o oitavo jogador com mais partidas pelo América na história.

O jogador começou sua carreira no América em 1989 e não teve dificuldades para conquistar a titularidade. Marcado pela segurança e voluntariedade, o zagueiro era conhecido por transmitir seriedade à defesa americana. Em 1990, foi titular durante a primeira final nacional da história do América, o vice-campeonato da Terceira Divisão Brasileira e, dois anos depois, em 1992, ajudou o clube a voltar a Série A do Brasileirão e a final do estadual.

No entanto, o principal momento do defensor pelo clube foi em 1993, quando Luiz Carlos Marins foi titular absoluto do time americano que venceu o Campeonato Mineiro após 23 anos. Ao lado do futuro atleticano Lelei e do ídolo Milagres, Marins foi uma das principais referências defensivas daquela equipe que chegou a acumular 400 minutos sem sofrer gols durante a competição.

Mas muito além do bom desempenho, o zagueiro também é lembrado pela fidelidade dedicada ao manto americano, sendo um dos ídolos que permaneceu no clube mesmo com o banimento do América de competições nacionais após o processo movido contra a CBF em 1993. Mesmo sem divisão nacional, o Coelho ainda conseguiu ser vice-campeão mineiro em 1995 e atingir as semifinais em 1994, muito graças à permanência de alguns antigos remanescentes do título estadual de 93 como Luiz Carlos Marins.

Com mais de 250 partidas disputadas, o reconhecimento é recíproco. O zagueiro hesita em colocar o América na posição de clube mais importante que jogou. Depois que abandonou os gramados, o ídolo americano voltou a se dedicar à construção civil, função que exercia antes de ser jogador, já que não acumulou passagens por categorias de base antes de ser tornar profissional. Luiz Carlos Marins é tio do atacante André, que se destacou pelo Santos em 2010 e defendeu o Atlético-MG entre 2011 e 2015.