WELLINGTON PAULO

wp eterno capitao

Nome completo: Wellington Paulo da Silva Barros
Data de nascimento:
01/12/1972
Clubes:  América-MG (1990-2000, 2005, 2009-2010); Jequié (empr/1993, 1995); Paraisense-MG (empr./1994); Americano-RJ (empr./1998); Atlético-PR (2002); Vasco da Gama (2003-2004); Náutico (2005)
Partidas pelo América: 315

Wellington Paulo da Silva Barros, ou “O Eterno Capitão” para os torcedores americanos, é um dos jogadores que mais venceu e atuou pelo América na história. Autor de 315 partidas pelo clube, o antigo zagueiro é o maior campeão da história do pavilhão desde o deca-campeonato, tendo vencido seis títulos a serviço do Coelho, três deles como capitão: Campeonato Brasileiro da Série B de 1997 e da Série C de 2009 (capitão), Copa Sul-Minas de 2000, Campeonato Mineiro de 1993 e 2001 (capitão), além da Taça Minas Gerais em 2005 (capitão). Wellington Paulo também teve passagens de destaque pelo Atlético Paranaense campeão paranaense em 2002 e pelo Vasco da Gama, campeão carioca pela última vez em 2003.

Assim como Gilberto Silva, Dênis e Ricardo Evaristo, Wellington Paulo foi outro grande zagueiro formado nas categorias de base do clube durante a década de 1990, fazendo parte de uma safra de ouro que certamente correspondeu as expectativas pela equipe profissional. O futuro capitão foi promovido para os profissionais do América em 1992 e, na temporada seguinte, comemorou o primeiro título de sua carreira, o Campeonato Mineiro de 1993. Embora não tenha não disputado nenhuma partida no certame, WP fez parte do elenco campeão e chegou a ser relacionado para partida contra o Valério. Mesmo assim, torcida e o próprio jogador não titubeiam em considerar o estadual de 1993 como o primeiro título do vitorioso zagueiro pelo clube.

Pouco depois, após o América ser banido do circuito nacional após acionar a Justiça Comum contra a CBF, a maior parte dos jovens jogadores do elenco foram emprestados, a fim de aliviar o orçamento de um clube sem divisão nacional. Dessa forma, a fim de se manter em atividade e ganhar experiência, o zagueiro foi emprestado para clubes de menor expressão, como o Jequié da Bahia (1993-95), então na primeira divisão do Campeonato Baiano, e o Paraisense-MG (1994), que disputava o Módulo II. Mas em 1997, WP retornou ao América e, ainda como reserva, participou do primeiro título nacional da história do clube. O zagueiro integrou a lendária defesa que ficou toda competição sem sofrer gol no Independência.

​Depois de um último empréstimo ao Americano-RJ para a disputa do Campeonato Carioca de 1998, WP enfim se firmou como titular do Coelho durante a temporada de 1999, muito graças a influência de outro ídolo americano, Dênis. Então capitão do América, Dênis influenciou diretamente para que seu futuro sócio recebesse chances na equipe titular. Apesar de certa desconfiança da diretoria, a nova dupla não decepcionou e logo se consagrou como uma das melhores defesas do América no séc. XX: No Campeonato Mineiro do mesmo ano, o América teve a melhor defesa da competição, alcançou à final contra o Atlético-MG, mas perdeu o título graças a um erro do árbitro Luiz Afonso Bicalho na terceira e última final, a única que foi administrada por um juiz de dentro do Estado (1×1, 0x0 e 0x1). Mesmo assim, o Coelho ainda alcançou o acesso à Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro na mesma temporada.

Mas a consagração veio mesmo na temporada seguinte, quando a dupla liderou o Coelho rumo ao título da Copa Sul-Minas de 2000, a primeira conquista de WP como titular do América. Mesmo em disputa com as maiores equipes de Minas Gerais e da região Sul do Brasil, o Coelho conseguiu a histórica conquista, sobretudo, porque era comandado por uma defesa espetacular formada por três dos maiores ídolos da torcida americana na história (WP, Dênis e Milagres). Aos prantos, Wellington Paulo não conteve a emoção por seu primeiro título como titular americano e desabafou após a histórica vitória por 2×1 sobre o Cruzeiro na final: “Contra tudo e contra todos! Contra tudo e contra todos! O nosso time é poderoso também! Não é fácil ganhar do América, não! Precisa ganhar aqui dentro!”, disse o defensor de forma extasiada a imprensa.

Denis _ WP SULMINAS

Wellington Paulo se firmou ainda mais como ídolo americano em 2001, com a conquista de seu segundo título estadual pelo Coelho, o primeiro como capitão da equipe, quando comandou um time desacreditado composto majoritariamente por jogadores formados nas categorias de base. Curiosamente, o Coelho esteve ameaçado de rebaixamento durante o início da competição, depois de 5 jogos sem vitória nas primeiras rodadas, mas protagonizou grande reviravolta rumo a final, com 9 vitórias em 11 jogos. Wellington Paulo foi o autor do primeiro gol do América durante a histórica goleada por 4×1 sobre o Atlético na primeira final de 2001 e o maior símbolo do título e reviravolta americana.

Valorizado com as conquistas, o zagueiro transferiu-se para o Atlético-PR em 2002, um ano depois da equipe da capital paranaense se sagrar campeã do Brasileirão da Série A. O jogador foi campeão estadual do mesmo ano e também se destacou durante as disputas da Copa Libertadores da América e do Campeonato Brasileiro. As boas atuações pelo Furacão chamaram a atenção do Vasco da Gama, que o contratou em 2003. Ao lado de verdadeiros craques como Petcovic e Marcelinho Carioca, WP foi titular da equipe campeã carioca em 2003, o último título estadual conquistado pela equipe cruzmaltina até então, e permaneceu até 2004 em São Januário.

Depois de dois anos no Vasco, o defensor acertou com o Náutico em 2005, por quem também teve boas atuações durante a Série B de 2005. Wellington Paulo quase subiu de divisão com o Timbu, mas perdeu o acesso depois da famosa “Batalha dos Aflitos” contra o Grêmio, que superou os pernambucanos fora de casa mesmo com 3 jogadores a menos.

Depois de disputar os Campeonatos mais competitivos do país, WP retornou ao América ainda no fim de 2005 e trouxe de volta a bagagem e experiência necessária para novamente ser campeão como capitão, durante o primeiro título americano da Taça Minas Gerais desde 1980, após emocionante disputa por pênaltis contra a Caldense, no estádio do Independência. Já era o quinto título de Wellington Paulo pelo América, o segundo como capitão.

O ídolo americano ainda teve tempo para levantar seu sexto e último troféu como capitão do América em 2009, durante a conquista do Campeonato Brasileiro da Terceira Divisão. Ao lado do meio-campo Irênio e do lateral Evanílson, WP foi um dos poucos que participou dos dois títulos nacionais do Coelho. Não à toa,  foi um dos grandes símbolos do bi-campeonato brasileiro conquistado sobre o ASA-AL. Durante a segunda final contra os alagoanos, o zagueiro completou exatas 300 partidas pelo Coelho e recebeu permissão da CBF para jogar com o número simbólico em sua camisa.

O jogador se despediu oficialmente do clube em 2010, após completar 315 partidas pelo América no total. Após breve passagem pelo Funorte-MG, WP pendurou as chuteiras definitivamente em 2011. Campeão de seis títulos pelo e terceiro jogador que mais atuou pelo América, WP é um dos jogadores mais queridos pela torcida do Coelho e o maior campeão da história do clube desde o deca-campeonato.

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WP levantou sua terceira e última taça como capitão do América em 2009, durante o título brasileiro da Série C. (Foto: Reprodução – Globo Esporte)