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(Foto: SuperEsportes)

O “Filho Deus do Trovão”, segundo a mitologia tupi-guarani, o “Talismã da Fiel” segundo os corintianos e o “Pé de Coelho”, que garantiu uma estrela na camisa, segundo os americanos. Este foi Tupãzinho.

Decisivo para o primeiro título brasileiro da história do Corinthians em 1990, com o gol que valeu a taça, o iluminado jogador também foi crucial para o primeiro título nacional da história do América, quando foi o artilheiro do Campeonato Brasileiro da Série B de 1997 com 13 gols. Ou seja: Tupãzinho influenciou diretamente no primeiro título nacional de clubes centenários que se situam entre os mais tradicionais de seus respectivos Estados – uma glória para poucos, muito poucos.

Depois de conquistar 5 títulos e a idolatria total da torcida corintiana durante os 6 anos que esteve no Parque São Jorge, Tupãzinho foi contratado pelo América em 1997. Ao lado de Boiadeiro, Pintado, Ronaldo Luís e Dinho, o jogador foi mais uma das contratações de impacto feitas pelo América em parceria com o banco BMF “Excel Econômico”, o maior patrocínio da história do clube até então. A princípio, o artilheiro veio por empréstimo de um ano, que posteriormente se estendeu para dois com a promoção do Coelho para a Série A.

Tupãzinho não demorou em demostrar a estrela e oportunismo que lhe garantiu tanto sucesso na capital paulista e logo se tornou referência do histórico time americano de 1997, campeão brasileiro sem sofrer gols e com aproveitamento de mais de 90% no estádio do Independência (10 vitórias em 11 jogos). Tupãzinho marcou 13 gols durante a campanha e se consagrou como o primeiro jogador da história do América a ser artilheiro de um torneio nacional.

O camisa 10 permaneceu como um dos grandes ídolos do clube em 1998, durante a disputa do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão. Tupãzinho chegou a marcar um gol de pênalti contra sua ex-equipe na competição, durante a derrota por 3×1 do Coelho no Pacaembu. No entanto, já sem o identificado treinador Givanildo Oliveira, o brilho daquela equipe não era o mesmo e Tupãzinho não conseguiu evitar o rebaixamento americano. Mas nada que fosse suficiente para arranhar o status de ídolo que o meia conquistou no Independência depois de tantos gols e boas atuações, sempre com muita dedicação e alegria para defender o clube.

Com o fim do empréstimo de Tupã pelo Corinthians e a contratação do jogador pelo Fluminense, Tupãzinho se despediu do América em 1999. O jogador ainda teve alguns momentos de destaque pelo Tricolor carioca antes de pendurar as chuteiras em 2002. Atualmente, o carismático e iluminado goleador é considerado um dos principais ídolos históricos de América e Corinthians.