história

1912 - 1915
Origens

1915 - 1929
Supremacia

1930 - 1942
América vermelho

1943 - 1963
Era Alameda

1964 - 1979
Era Mineirão

1980 - 1989
Reestruturação

1990 - 2002
Era Independência

2003 - 2011
Crise e Renascimento

2012 -
Centenário

acervo
Acervo do Coelho | America MG » Alessandro Nunes Nascimento

Alessandro

(Foto: Paulo Fonseca)

Se o atacante Celso ficou marcado para a torcida americana como o artilheiro dos gols decisivos na década de 90, Alessandro foi quem herdou esse posto nos anos 2000, ao marcar alguns dos gols mais decisivos do Coelho no novo milênio até então: O jogador não apenas fez o gol do último título mineiro da equipe em 2001, como também anotou os primeiros gols do América no novo Independência, além de ser o principal personagem da vitória do América sobre o Cruzeiro nas semifinais do Estadual de 2012, responsável por garantir o clube na final da competição após 11 anos de ausência, em pleno centenário.

alessandro6

(Foto: SuperEsportes)

O artilheiro começou sua carreira nas categorias de base do América e tinha apenas 19 anos quando marcou o histórico gol do título de 2001. Depois de vencer o primeiro jogo de goleada (4×1), o Coelho quase colocou tudo a perder ao permitir que o Atlético abrisse 3×0 no placar durante a segunda partida. Mas eis que o então jovem Alessandro saiu do banco de reservas para marcar o gol que imortalizou sua carreira no clube desde então: O jogador recebeu passe na grande área e precisou de apenas mais dois toques para marcar um dos gols mais celebrados da história do América. Alessandro ainda colocou a mão na orelha e pediu o silêncio da massa atleticana após balançar as redes, em uma cena considerada épica para os torcedores.

alessandro_2001_2

(Créditos da Foto: Marinho Monteiro)

O gol do título americano deslanchou a carreira do jogador, que foi contratado pelo Cruzeiro pouco depois. Na equipe rival, Alessandro foi campeão e artilheiro do supercampeonato mineiro de 2002. Na sequência, ainda defendeu o Fluminense em 2004, o Flamengo entre 2005 e 2006 e o Vasco em 2007.

Mas foi mesmo no Ipatinga que Alessandro voltou a se destacar. O time do Vale do Aço roubou a cena no início dos anos 2000, quando foi campeão mineiro em 2005, chegou às semifinais da Copa do Brasil em 2006 e à elite do futebol brasileiro em 2007. E tudo isso muito graças aos gols de Alessandro, que foi duas vezes artilheiro do Campeonato Brasileiro da Série B pela equipe nessa época, em 2007, com 25 gols, e em 2010, com 21.

Depois do bom momento pelo Ipatinga, o jogador ainda teve uma breve passagem pelo Atlético antes de satisfazer seu antigo desejo de retornar ao América em 2010. Ainda com grande identificação com a torcida, Alessandro não demorou em se firmar como titular da equipe que garantiu o acesso para a Série A depois de 11 anos, sendo o vice-artilheiro do Coelho na competição, atrás apenas de Fábio Júnior. No ano seguinte, foi o artilheiro do América no Campeonato Brasileiro da Série A de 2011 e chegou a brigar pela artilharia do torneio durante as primeiras rodadas, mas saiu do páreo prejudicado por uma contusão. Oportunista, finalizador e ainda lembrado com carinho pelo gol do título em 2001, Alessandro pouco a pouco foi se firmando como um dos maiores ídolos do Coelho nos anos 2000.

Mas a consagração definitiva do artilheiro viria em 2012, ano do centenário do clube, quando Alessandro não apenas foi o grande herói da classificação americana para as finais do Campeonato Mineiro depois de 11 anos, com 3 gols em 2 jogos contra o Cruzeiro, como também marcou os primeiros gols do América e de um brasileiro no novo Independência.

alessandro 2

(Foto: Renato Cobucci)

Durante as semifinais, o artilheiro conquistou de vez a torcida americana ao repetir o gesto que marcou o último título estadual do clube em 2001 e pedir o silêncio da torcida rival logo após balançar as redes. A atitude foi publicamente criticada pelos principais jogadores do Cruzeiro na semana que antecedeu a segunda a partida, como o goleiro Fábio e o meia Roger, mas não teve jeito: O artilheiro voltou a marcar e pedir o silêncio da torcida rival na segunda semifinal e até o goleiro e o meia reconheceram a superioridade do América de Alessandro no final, que se classificou para a decisão após duas vitórias históricas contra seu rival (3×2 e 2×0).

Alessandro 5

(Foto: Marcos Michelin)

Pouco depois, o artilheiro provou que estava mesmo iluminado ao marcar os 2 primeiros gols do América e de um brasileiro no novo Independência, responsáveis por garantir a vitória americana de virada por 2×1 na partida de reinauguração do antigo estádio contra o Argentinos Juniors.  Era o suficiente para o jogador se imortalizar como ídolo do clube, apesar do América ter perdido a final contra o Atlético na sequência. O jogador ainda faria boas partidas durante a Série B de 2012, enquanto o Coelho brigava pela liderança da competição, mas uma nova contusão abreviou a boa fase.

Em 2013, Alessandro foi preterido por outros times da Série B – como a Ponte Preta, que chegou a anunciar estar muito próxima do acerto com o atacante – mas permaneceu até o fim do ano, mesmo que ainda “lutando” um pouco contra o departamento médico.  No fim, foi contratado pelo Kyoto Sanga, do Japão, onde jogou em 2014, mesmo ano em que teve uma curta passagem pelo Bahia.