PALHINHA

Palhinha (placar)

Palhinha, em 1990. (Reprodução: Revista Placar)

Nome completo: Jorge Ferreira da Silva
Data de nascimento: 14
/12/1967
Clubes:  América-MG (1989-91; 2000; 2002); São Paulo (1992-95); Cruzeiro  (1996-97); Mallorca (1997); Flamengo (1998); Grêmio (1998-99); Botafogo (1999); 
Sporting Cristal (2000); Alianza Lima (2001);

O craque Palhinha acumulou três passagens vitoriosas pelo América durante a carreira (1989-92, 2000 e 2002) e, não à toa, conquistou o segundo lugar durante a eleição dos melhores jogadores da história do América, promovida pelo jornal “O Estado de Minas” em 1996, atrás apenas do lendário Jair Bala. E isso porque ainda nem havia sido campeão da Copa Sul-Minas de 2000.

Palhinha surgiu como a grande revelação da base americana durante o fim da década de 1980. Logo em sua temporada de estreia pelo clube, o jovem jogador foi eleito a revelação do Campeonato Mineiro de 1989. Em seguida, liderou o América ao vice-campeonato do Campeonato Brasileiro da Série C de 1990, responsável por consagrar o renascimento do clube no cenário nacional. Palhinha foi eleito o craque mineiro de 1990 pelo jornal o “Estado de Minas” e marcou presença na tradicional seleção do ano escalada pelo mesmo jornal, ao lado de outros três americanos ilustres: Ronaldo Luiz, Sílvio e João Leite.

Depois do início de carreira meteórico pelo América, o jovem artilheiro não fugiu da mira de Telê Santana, então técnico do São Paulo, mas que também agia como espécie de manager das categorias de base do América, clube de coração de sua família. Telê não hesitou em levar a joia Palhinha e outros duas revelações americanas a capital paulista (Euller e Ronaldo Luís). Apenas alguns meses depois de deixar o América, o atacante foi o artilheiro da Copa Libertadores da América de 1992, com 12 gols, e campeão mundial pelo São Paulo.

Depois de brilhar no time do Morumbi, Palhinha foi contratado a peso de ouro pelo Cruzeiro em 1995, onde voltou a ser campeão e artilheiro de títulos importantes, com direito a gol na final da Copa do Brasil. Transferido ao Mallorca em 1997, o craque ainda teve passagens de destaque por Flamengo, Botafogo e Grêmio, antes de ser repatriado pelo América em 2000, quase 10 anos depois de ser revelado pelo clube.

Em sua segunda passagem pelo Coelho, Palhinha agregou muita experiência e talento durante a histórica conquista americana da Copa Sul-Minas de 2000. O filho pródigo teve contribuição direta no título, com gols e assistências durante os momentos mais decisivos do certame: O craque marcou nos jogos de ida e volta contra o forte Atlético-PR (campeão brasileiro no ano seguinte), deu a assistência para o gol de Zé Afonso durante a segunda final contra o Cruzeiro (2×1), além de sofrer o pênalti que garantiu a vitória do Coelho na primeira decisão (1×0). Considerado um dos grandes destaques da importante conquista regional mineiro-americana, Palhinha se imortalizou de vez como referência do pavilhão, apesar de alguns atritos com a torcida durante o percurso. Marcado por excelentes apresentações individuais com a camisa do América, o craque tinha status de estrela no Independência.

palhinha

O craque Palhinha foi decisivo no título da Copa Sul-Minas de 2000.

Pouco depois, Palhinha ainda atuou no futebol peruano, onde vestiu a camisa dos dois principais clubes locais, o Sporting Cristal e o Alianza Lima, ambos rivais da capital Lima. Em 2002, o atacante assinou com o Coelho pela terceira e última vez em sua carreira, antes de pendurar as chuteiras em 2005.

Durante suas 3 passagens pelo América, Palhinha teve atuações brilhantes em nível individual e sempre reservou o melhor de seu jogo atuando pelo Coelho. O craque é lembrado não apenas como um dos melhores jogadores já revelados pelo clube, como também um dos que mais brilharam com a camisa americana em nível individual.