Jardel

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“O Cavaleiro Negro” 

Jardel foi considerado pela grande maioria dos torcedores americanos o melhor goleiro da história do Coelho até a aparição de Milagres na década de 90, jogador com mais partidas pelo clube na história. Notabilizado por sempre trajar um uniforme preto esem precisar do auxílio de luvas, Jardel ficou conhecido como “Cavaleiro Negro” por imprensa e torcedores mineiros dos anos 1950.

Com menos de 20 anos, o jovem arqueiro foi titular da histórica equipe americana de 1957, campeã da “Tríplice Coroa” estadual. Naquela temporada, o Coelho foi hegemônico no futebol mineiro, sendo campeão de todas as categorias promovidas pela Liga (Profissional, Juvenil e Aspirantes). Jardel foi um dos cincos jogadores que foram campeões mineiros em nível juvenil, e subiram para a equipe na sequência para ser campeão mineiro profissional, assim como o notório atacante Zuca.

Apesar da pouca idade, o jovem goleiro foi capaz de bancar o antigo ídolo americano Tonho, terceiro jogador com mais partidas pelo América e um dos poucos remanescentes do título estadual de 1948. se destacou durante a campanha, fechando a meta americana com defesas plásticas e saltos olímpicos. O talento de Jardel era tamanhocapaz de bancar o ídolo Tonho, terceiro jogador que mais atuou pelo clube e um dos poucos remanescentes do título estadual de 1948.

Jardel também ganhou o torcedor americano pelo costume de brilhar em partidas decisivas. Em entrevista ao site Superesportes, o ex-goleiro recordou da importante vitória no clássico contra o Atlético-MG (2×0) durante a campanha de 1957:

“O Alvinho deu um chute certeiro. Saltei para fazer a defesa e, no ar, vi a torcida do Atlético se preparando para comemorar o gol. Fiz a defesa e mostrei a bola nas minhas mãos para os torcedores” – Disse orgulhoso o antigo Cavaleiro Negro.

De jovem revelação a ídolo máximo da torcida, Jardel seguiu se destacando após o título de 57, quando se firmou como um dos atletas mais respeitados e reconhecidos de Minas Gerais. Xodó e ícone do Coelho, Jardel também foi vice-campeão estadual em 1958 e 59, sendo um dos principais ídolos da geração de 57-61, marcada por excelentes campanhas no Estadual e um time recheado de jogadores talentosos.

SANTA CRUZ

Depois de brilhar pelo Coelho, Jardel seguiu se destacando na capital pernambucana à serviço do Santa Cruz, durante a década de 1960, onde foi campeão estadual em 61 e 62. Assim como no América, o goleiro também é considerado um ídolo histórico do clube nordestino. O grande legado de Jardel é que, em ambos os clubes já centenários, o arqueiro é constantemente indicado como um dos melhores da posição em todos os tempos.

APOSENTADORIA E O ADEUS

Após pendurar as luvas, Jardel se dedicou como professor de escolinhas de futebol de base e foi o fundador de equipes de futebol juvenil como o “Cavaleiro Negro Esporte Clube”, em atividade até hoje, e o “Jardel Escola de Futebol”.

O antigo paredão faleceu em uma sexta-feira, no dia 5 de junho de 2009, vítima de uma parada cardíaca. Apesar de ter partido em Terra, Jardel vive para sempre eternamente nas memórias americanas. Até hoje, o antigo goleiro é constantemente indicado pelos torcedores americanos como um dos melhores de sua posição na história do clube.