“MESTRE GIVA” (Givanildo Oliveira)

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O pernambucano Givanildo Oliveira, conhecido como “O Rei dos Acessos”, foi o único treinador que conquistou títulos nacionais com o América, sendo duas vezes campeão brasileiro sob as cores do time do Horto (Campeonato Brasileiro da Série B de 1997 e da Série C de 2009). Além disso, “O Mestre Giva”, como é chamado carinhosamente pelos torcedores americanos, liderou o Coelho rumo à final do Campeonato Mineiro, após ausência de onze anos, justamente no ano do centenário da equipe, em 2012.

PRIMEIRA PASSAGEM

(abril de 1997 – abril de 1998)

 

Total de jogos: 71 (35 vitórias, 21 empates e 15 derrotas)

Amistosos (1997): 6 vitórias e 3 empates

Copa Centenário de BH: 3 empates

Campeonato Mineiro de 1997: 5 vitórias, 4 empates e 1 derrota

Campeonato Brasileiro da Série B de 1997: 14 vitórias, 4 empates e 5 derrotas

Campeonato Mineiro de 1998: 7 vitórias, 6 empates e 7 derrotas

Copa do Brasil de 1998: 3 vitórias, 1 empate e 2 derrotas

 

O caso de amor entre América e Givanildo começou em 1997, quando o pernambucano assumiu o time na 11ª colocação do Campeonato Mineiro daquele ano, que reunia 12 equipes. A identificação foi imediata e a equipe prontamente reagiu com a chegada do novo treinador, alcançando uma sequência de 8 jogos de invencibilidade (4 vitórias e 4 empates) para deixar a penúltima posição e alcançar um lugar nas semifinais, onde enfrentou o Cruzeiro. Depois de perder a primeira partida por 3×2, o América venceu o jogo da volta por 1×0, mas foi eliminado por ter ficado abaixo do rival na tabela de classificação, apesar do empate no placar agregado. Esses jogos ficaram marcados pela polêmica arbitragem de Luiz Carlos Wright, que expulsou o meio-campo Boiadeiro de forma controversa. Mesmo assim, até em função das circunstâncias, o desempenho foi considerado positivo à época.

 

Na sequência, o técnico liderou o clube durante a disputa da Copa Centenário de Belo Horizonte, torneio que reuniu equipes de 7 países diferentes para celebrar o aniversário de 100 anos da capital mineira. Mesmo em um grupo complicado, composto por Milan, Corinthians e Atlético-MG, o Coelho não deixou os badalados adversário fazerem festa em sua casa e se despediu do certame com 2 empates no Independência e outro no Mineirão, durante o clássico contra o Atlético. Vale lembrar que nessa ocasião o América chegou a arrancar um empate contra o Milan do melhor jogador do mundo de 1995, George Weah (1×1 – Salve Celso!).

 

Pouco depois, o treinador ainda liderou a terceira excursão oficial da história do América à Europa. O Coelho visitou países como Áustria, Croácia, Sérvia e Eslovênia, não perdeu nenhum jogo (com direito a empates contra Roma e Estrela Vermelha) e ainda teve tempo para aplicar a maior goleada oficial de sua história, que superou o placar de 14×0 sobre o Palmeiras-MG em 1926: 20×0, sobre o Kaindorf.

 

O bom desempenho no primeiro semestre de 1997 trouxe confiança ao treinador para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série B e assim o Coelho despontou de vez. Reforçado por craques como Tupãzinho, Pintado, Boiadeiro e Celso, mesclados com valores criados em casa como Ricardo Evaristo, Dênis, Gilberto Silva e Rinaldo, o Coelho conquistou o primeiro título nacional de sua história após uma campanha de gala: Invicto e sem sofrer gols no estádio Independência, o América teve a melhor defesa (18 gols sofridos em 23 jogos), o segundo melhor ataque da competição (34 gols marcados) e ainda aplicou a maior goleada da edição (5×0 sobre o Tuna Luso-PI), além de contar com o artilheiro do torneio (Tupãzinho, 13, primeiro jogador americano a ser artilheiro de um torneio nacional e maior goleador da Era Givanildo).

 

É importante lembrar que o título de 1997 também serviu como um grande momento de redenção para o América, que reconquistou o direito de atuar nacionalmente um ano antes, em 1996, já que estava banido de competições nacionais entre 1994 e 1995 após mover um processo na justiça comum contra a CBF, questionando o injusto rebaixamento na Série A de 1993, quando ficou em décimo sexto na classificação geral, em um torneio de 32 equipes.

No entanto, como nem tudo são flores, a novela entre América e Giva foi rompida abruptamente no Campeonato Mineiro do ano seguinte, quando uma sequência negativa de resultados custou o cargo do treinador, apesar de um início de temporada fenomenal, que contou com apenas uma derrota nos 12 primeiros jogos (sendo que essa derrota foi no jogo que determinou a eliminação do Internacional da Copa do Brasil). Seu substituto, Hélio dos Anjos, não emplacou, arrumou confusões com as estrelas do elenco (como Pintado e Boiadeiro, que deixaram o clube) e, enfim, o brilho daquela equipe de 1997 havia acabado, indo embora junto com Mestre dos Acessos.

 

SEGUNDA PASSAGEM

(maio de 2009 – dezembro de 2009)

 

Total de jogos: 14 (9 vitórias, 2 empates e 3 derrotas)

Campeonato Brasileiro da Série C: 9 vitórias, 2 empates e 3 derrotas

 

Após liderar a equipe rumo ao seu primeiro título nacional em 1997, Givanildo só retornou ao América em 2009, doze anos após a histórica conquista.

 

Nesse período, o treinador fez sucesso por outras equipes tradicionais do futebol brasileiro e conseguiu o acesso por três times da região Norte-Nordeste: Sport, Santa Cruz e Paysandu.

 

Natural de Olinda, o treinador é considerado uma das figuras mais importantes da história do futebol pernambucano, onde possui 15 títulos estaduais entre as carreiras de técnico e jogador. Pelo Santa Cruz, “O Bruxo” foi octa-campeão estadual como jogador e outra como treinador, após 10 anos de jejum da equipe tricolor, além de ter conquistado o acesso em 2005 e de ser o dono do recorde de invencibilidade do Santa Cruz no estádio Arruda (45 jogos). Já pelo rival Sport, Givanildo foi 4 vezes campeão estadual como jogador, 3 como técnico e ainda conquistou o acesso em 2006.

 

Givanildo também foi particularmente vitorioso na cidade de Belém, onde conquistou 8 títulos pelo Paysandu, entre eles a Copa dos Campeões de 2002 (torneio nacional que reunia os campeões regionais), o Campeonato Brasileiro da Série B de 2001, a Copa Norte de 2002, além de 5 campeonatos estaduais. O sucesso no Paysandu foi tamanho, que o nome do treinador deve batizar o novo centro de treinamento da equipe paraense.

 

E foi com essa polpa que Givanildo retornou, cheio de grife, a um América abatido por disputar a terceira divisão pelo quinto ano consecutivo em 2009, e traumatizado pelo inédito rebaixamento no Campeonato Mineiro em 2007. Para se ter uma ideia, o time só não caiu para a quarta divisão do Campeonato Brasileiro em 2008 graças uma incrível combinação de resultados na última rodada, ficando na 20ª colocação de um torneio com 66 equipes (Nesse ano, o esdrúxulo regulamento da CBF previu o rebaixamento de 46 equipes a fim de inaugurar a Quarta Divisão do futebol brasileiro. Dessa forma, apenas 20 equipes mantiveram sua posição na Série C).

 

Para muitos, foi a pior crise da história americana, mas tudo mudou com a chegada do Mestre Giva, o nome certo e ideal para aliviar o astral e a pressão de um gigante em crise. Ao lado de nomes famosos do pavilhão, como Euller, Wellington Paulo e Evanílson, e contando com a revelação de jogadores como o lateral direito Danilo, atualmente no Real Madrid, Givanildo enfim conseguiu tirar o América da lama e, de quebra, conquistou o segundo título nacional da história do clube, em uma campanha que contou com 9 vitórias, 2 empates e apenas 3 derrotas.

 

Mas, dessa vez, quem surpreendeu foi Givanildo, que deu o troco pela demissão de 1998 ao assinar com o Sport pela quinta vez em sua carreira como técnico. A torcida americana ficou de luto, com a impressão que havia sido uma espécie de vingança pessoal do treinador pela injusta demissão em 1998. Mas, entre idas e vindas, o casamento não havia terminado. Novos capítulos ainda estavam por vir para consagrar a carreira do único treinador que levantou títulos nacionais pelo América.

 

TERCEIRA PASSAGEM

(agosto de 2011 – agosto de 2012)

 

Total de jogos: 61 (28 vitórias, 13 empates e 20 derrotas)

Campeonato Brasileiro da Série A de 2011: 7 vitórias, 8 empates e 10 derrotas

Amistosos (2012): 3 vitórias

Campeonato Mineiro de 2012: 8 vitórias, 1 empate e 5 derrotas

Copa do Brasil de 2012: 1 vitória, 2 empates e 1 derrota

Campeonato Brasileiro da Série B de 2012: 9 vitórias, 2 empates e 4 derrotas

 

Depois de conquistar títulos nacionais nas duas passagens anteriores, Givanildo retornou ao América em 2011, a fim de salvar o Coelho de um iminente rebaixamento no Campeonato Brasileiro da Série A, quando a equipe segurava a lanterna da competição. O América até reagiu com a chegada do treinador, que estreou com goleada por 3×0 sobre o atual campeão Fluminense e ainda venceu o futuro campeão Corinthians em Uberlândia (2×1), além de golear o Vasco por 4×1. Mas já era tarde demais, e o Coelho acabou rebaixado, na penúltima colocação, com 37 pontos. Em 24 partidas sob o comando do pernambucano em 2011, foram 7 vitórias, 8 empates e 10 derrotas, com aproveitamento de 38,6% dos pontos, que seria suficiente para livrar o time do rebaixamento.

 

Mas Giva voltaria a escrever história no América em 2012, no ano do centenário do clube, quando comandou a equipe rumo a decisão do Campeonato Mineiro, após de 11 anos de ausência, com direito a duas vitórias sobre o Cruzeiro nas semifinais, às vésperas do centenário. Antes da grande decisão contra o Atlético, o Coelho ainda re-inaugurou o estádio Independência durante a vitória de virada sobre os Argentinos Juniors, jogo que também serviu para comemorar o histórico aniversário de cem anos.

O título em pleno centenário já parecia ser destino manifesto, mas o América não conseguiu segurar o ímpeto do Atlético de Cuca, que venceria o principal título de sua história no ano seguinte. O Coelho até empatou a primeira partida (1×1), com um gol de Bruno Meneghel nos últimos momentos – resultado que criava a obrigação de vencer a segunda peleja, já que o critério de desempate favorecia os atleticanos. Mas o time não conseguiu repetir a boa atuação no segundo jogo e perdeu de forma decepcionante (0x3) para dar adeus ao sonho.

 

Na Série B, a equipe voltou a brilhar na Série B, estreando a competição com 4 vitórias consecutivas e uma sequência de 8 vitórias e 1 empate. A primeira derrota veio apenas na décima rodada e o América pintava como favorito ao acesso. No entanto, depois de desfalques e 3 derrotas consecutivas que retiraram o América da zona de acesso pela primeira vez em 15 rodadas, Givanildo foi novamente demitido de forma controversa, enquanto Milagres, tão vitorioso como jogador americano e treinador das categorias de base, assumiu o leme do clube que detém o recorde de partidas consecutivas. No entanto, dessa vez Mila não emplacou e o Coelho acabou a competição na oitava colocação, a 16 pontos de distânciae da zona de acesso.

 

QUARTA PASSAGEM

(Setembro de 2014 – ?)

 

Total de jogos: 67 (35 vitórias, 18 empates e 14 derrotas)

Campeonato Brasileiro da Série B de 2014: 10 vitórias, 4 empates e 1 derrota

Campeonato Mineiro de 2015: 5 vitórias, 5 empates e 1 derrota

Copa do Brasil de 2015: 1 vitória, 1 empate e 1 derrota

Campeonato Brasileiro da Série B de 2015: 19 vitórias, 8 empates e 11 derrotas

 

Depois de uma demissão controversa em 2012, Givanildo retornou ao América em 2014, com o objetivo de salvar a equipe do rebaixamento para a terceira divisão em um primeiro momento, já que o Coelho havia perdido 21 pontos no STJD pela escalação irregular do volante Eduardo. A punição posteriormente diminuiu para 6 pontos, mas ainda assim o acesso americano ficou complicado.

 

Apesar das dificuldades, Givanildo, novamente, conseguiu sacudir uma equipe abatida, de tal forma que demorou 9 jogos para conhecer sua primeira derrota desde o retorno.  No fim, quando os matemáticos já cravavam apenas 1% de chance de acesso americano, o time conseguiu 4 vitórias consecutivas na reta final e ficou a apenas um ponto de distância da elite do futebol brasileiro, na quinta posição, mesmo tendo perdido 6 no tribunal. Se o Vasco vencesse o Avaí na rodada final, um resultado comum, o Coelho teria antecipado o destino de 2015 com “o acesso mais épico da história dos futebóis”, segundo o jornalista Flávio Gomes. O América ainda escaparia do rebaixamento mesmo se fosse confirmada a perda dos 21 pontos.

Ao todo, foram 14 jogos sob o comando de Giva em 2014, com 9 vitórias, 4 empates e apenas 1 derrota. O aproveitamento do treinador teria valido o título do torneio e, sem a punição, o América teria garantido o acesso em terceiro lugar, a frente do Vasco. Na verdade, o Coelho tinha claras chances de título, já que era o líder da competição quando sofreu a denúncia do Joinville e ficou alguns jogos sem vencer em meio ao abalo emocional da punição.

O bom momento seguiu nos primeiros meses de 2015, quando o América acumulou 9 jogos de invencibilidade (14, se contar as últimas partidas do ano anterior), enquanto a segurança defensiva voltava a ser marca da equipe de Givanildo – Tanto é que o Coelho só sofreu gols de “bola rolando” na nona rodada do Estadual, quando conheceu sua primeira derrota na temporada. No entanto, apesar de contar com a segunda melhor defesa do certame (7 gols sofridos, mesmo número de Atlético e Cruzeiro) e ser o time com menos derrotas na competição (1), o América foi previamente eliminado na primeira fase, graças à surpreendente derrota do Cruzeiro para o Tombense na última rodada.

O time ainda ficou 4 jogos sem vencer entre o início da Série B e a eliminação na Copa do Brasil para o Ceará, o que quase custou o cargo do treinador. Mas Givanildo reagiu, dessa vez a partir da goleada por 4×1 sobre o Santa Cruz, e, desde então, o Coelho venceu todas as partidas em casa até chegar à última rodada do primeiro turno na vice-liderança e com a condição de melhor mandante das Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro.

No entanto, o time voltou a oscilar a partir de uma derrota para o Botafogo na última derrota do primeiro turno e chegou a acumular 5 jogos sem vitórias e 3 derrotas consecutivas em casa nas partidas seguintes. Muitas já pediam a cabeça de Givanildo quando o Coelho viajou ao Maranhão para enfrentar o Sampaio Corrêa, então melhor mandante e logo no dia do aniversário da cidade de São Luís. Mas se muitos previam um desastre, foi nesse momento que o dedo do técnico pesou: Giva trocou a formação, voltando com o esquema do 3-5-2, e o Coelho conseguiu a vencer a partida de forma heróica, com um show de Richarlison. O jogo serviu como um divisor de águas para o América na competição, que evitou que a distância para a zona de acesso aumentasse para mais de 3 pontos e, a partir de então, não perdeu mais no Independência (6 vitórias consecutivas e 1 empate no último jogo) para recuperar seu lugar no G-4 e encaminhar sua vaga na Primeira Divisão.

 

Antes de disparar rumo ao acesso, Givanildo ainda completou 200 jogos no comando do América durante o empate contra o Atlético-GO, que também celebrou os 500 jogos do goleiro Márcio, que é o oitavo maior artilheiro da posição do futebol mundial, com 33 gols.

 

 

O REI DOS ACESSOS

Givanildo é conhecido como “O Rei dos Acessos” por ter elevado quatro equipes do Norte-Nordeste à elite nacional (Paysandu em 2001, e um “tri-acesso” com Santa Cruz, em 2005, Sport, em 2006, e Vitória, em 2007), além de conquistado o acesso junto ao América em outras duas oportunidades, e com direito ao título.

O treinador possui carreira vitoriosa, sobretudo, no Norte-Nordeste brasileiro, especialmente por equipes do Recife. Afinal, Givanildo Oliveira já foi campeão estadual pernambucano em catorze oportunidades durante as carreiras de jogador e treinador.

Ídolo histórico do Santa Cruz, Giva foi sete vezes campeão estadual como jogador do tricolor pernambucano (penta entre 1969-73 e bi em 78-79) e outra vez como treinador, em 2005, após dez anos de jejum. Já pelo rival Sport, Givanildo foi seis vezes campeão estadual: metade deles como jogador (tri em 1980-81-82) e a outra metade na função de treinador (1992, 1994 e 2010), além de também ter conquistado a Copa do Nordeste em 1994. Vale lembrar que Giva já conseguiu o acesso com ambas as equipes.

Outro time marcante da carreira de Givanildo foi o Paysandu. Assim como no América, Givanildo também conquistou dois títulos nacionais pela equipe do Pará – a Copa dos Campeões de 2002 (maior título da história de uma equipe da região Norte) e o Campeonato Brasileiro da Série B de 2001 (primeiro título nacional do Papão) – além de um pentacampeonato estadual (1987, 1992, e um tri entre 2000-2001-2002) e um título da Copa Norte em 2002. Era Givanildo quem comandava o Paysandu durante a famosa vitória da equipe paraense sobre o Boca Juniors, em pleno La Bombonera, durante a Copa Libertadores de 2003 (1×0). Ao todo, Givanildo conquistou 8 títulos pelo Paysandu e, como homenagem, empresta o nome ao centro de treinamento oficial da equipe até hoje. Givanildo também foi bi-campeão paraense pelo maior rival do Paysandu, o Remo, em 1993-94.

O treinador também conquistou Campeonato Baiano de 2007, pelo Vitória, e o Campeonato Alagoano, pelo CSA, em 1990. Givanildo confessou recentemente o desejo de vencer um título pelo Náutico, por onde ficou entre 2002 e 2004, e único clube da capital pernambucana que ainda não foi campeão como treinador.

Como jogador, Givanildo foi ídolo e multi-campeão com o Santa Cruz, participou da histórica conquista do Campeonato Paulista de 1977 pelo Corinthians, após 23 anos de jejum, e ainda foi campeão carioca com o Fluminense, em 1980.